sexta-feira, 22 de julho de 2011

                       


Podemos assemelhar a “pureza” de uma criança 
 há pureza do Espírito Santo?

“Não existe saúde espiritual com teologia errada!”
                                             -Silas Daniel


Ontem estava assistindo um programa evangélico em que certo “Pastor” estava pregando a “palavra de Deus”. Logo no inicio notei que ele era adepto da teologia da prosperidade e do triunfalismo. Em meio ao seu “sermão” descabido ele contou um caso que passou com sua esposa. Ele disse:

“eu e minha esposa estávamos no quarto antes de irmos dormir quando vi um link na tela do email. Curioso, pois o link não deixava pistas do que seria resolvi abrir e ver a mensagem com minha esposa. Para nossa infelicidade e perca de sono entrei num site de pedofilia onde tive o desprazer de ver adultos fazendo sexo com crianças.” 

Após contar o testemunho ele verbalizou as seguintes palavras com auto e bom som, até pediu ao câmera que a colocasse bem próxima do seu rosto e disse:

“A bíblia diz que quem peca contra o Espírito Santo não tem perdão. Uma criança é pura então quem faz sexo com uma criança peca Contra o Espírito Santo. Eu quero dizer que Deus não perdoa pedófilo! O pedófilo vai para o lugar mais quente do inferno e se Jesus não o queimar eu mesmo queimo se encontralo.”

Estas foram as palavras do suposto pastor. Quando as ouvi fiquei horrorizado e envergonhado com o que estava ouvindo já que as palavras estavam vindo de um “líder espiritual” e pelo menos com ele deve estar um mínimo de sabedoria. “As palavras dos sábios são como aguilhões, e como pregos, bem fixados pelos mestres das assembléias, que nos foram dadas pelo único Pastor.” (Eclesiastes 12:11)  Como tratar com essa questão tão difícil? Não temos outra opção se não fazer com que suas expressões sejam testadas pela palavra de Deus ou até mesmo por uma teologia sadia já que a que o pastor usou está enferma isso é. Se ele tem alguma.

Não quero aqui defender o pedófilo, de forma nenhuma. O que desejo é analisar sua condição a luz da Bíblia Sagrada.


Em que sentido uma criança é pura?

Até onde podemos considerar a pureza de uma criança? Será que uma criança é tão pura aponto de ser perfeita ou sem pecado? Dizer que uma criança é pura mim da á autoridade de assemelhá-la ao Espírito Santo? Mas do que nunca temos que tirar alguns mal entendidos concernentes à “pureza da criança”.

Para começar devemos lembrar que ninguém nasce sem pecado, o homem é pecador por natureza. O homem não precisa pecar para ser pecador ele peca porque é pecador. Sendo assim entendemos que uma criança também é um pecador (ra), as crianças não nascem livres do pecado mas debaixo da lei do pecado.
 O apostolo Paulo foi enfático quando disse que o pecado praticado por Adão passou para todos os homens e isso inclui as crianças. (ver: Rm 5.12) podemos ver que uma criança não precisa ser ensinada a pecar ela apenas desenvolve aquilo que está intrinsecamente relacionada à sua natureza pecaminosa e decaída.

Dizer que uma criança é pura não pode ser a mesma coisa que afirmar que ela não tem pecado. A única criança que não teve pecado foi Jesus que até mesmo nasceu de uma virgem por obra coativa do Espírito Santo. A criança é pura no sentido de simplicidade e inocência. Ela não maquina o mal contra o seu próximo para destruí-lo ou até mesmo com ódio ou outra coisa. Foi por isso que Jesus disse que da boca das crianças sai o perfeito louvor, elas não louvam com hipocrisia, mas com simplicidade de coração.

O sábio Salomão já dizia que desde cedo se percebe a estultícia da criança. Ou seja, eté as crianças já nos deixa perceber os traços de sua natureza pecaminosa.

Podemos assemelhar a pureza de uma criança com o Espírito Santo?

Tendo visto o relato acima entendemos com isso que não podemos em hipótese alguma assemelhar a “pureza” de uma criança com a pureza do Espírito Santo. Ele é puro em sua essência, ou melhor, o Espírito Santo como a terceira pessoa da trindade é a essência da pureza. Haja vista o seu nome ser Espírito SANTO.

O espírito Santo é tão puro que nele não há mancha. O Espírito Santo não se compactua com o pecado embora Ele habite dentro do pecador regenerado. “Não sabeis vós que sois o templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vós?” (I Corintios 3:16) devemos lembrar que o Espírito Santo é o principal autor da regeneração e purificação do coração humano “Jesus respondeu: Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no reino de Deus. O vento assopra onde quer, e ouves a sua voz, mas não sabes de onde vem, nem para onde vai; assim é todo aquele que é nascido do Espírito.” (João 3:5,8)

De tantas simbologias que a Bíblia faz do Espírito Santo uma delas que mostra sua pureza é a de uma pomba. (ver: MT 3.16: Jo 1.32)

Analisando o fato supracitado no inicio do texto podemos observar que a pureza de uma criança não pode ser comparada com a pureza do Santo Espírito. Encerrada essa questão passemos para a próxima.


Pecar contra o espírito santo não tem perdão?

Para inicio de conversa vejamos o texto em que o “pastor” firmou sua tese:

 “Portanto, eu vos digo: Todo o pecado e blasfêmia se perdoará aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito não será perdoada aos homens.’ (Mateus 12:31 grifo do autor)

Todo pecado e blasfêmia se perdoará aos homens: mas a blasfêmia contra o Espírito Santo. A questão aqui não é pecar e sim blasfemar contra o Santo Espírito de Deus.

Pecar contra o Espírito Santo ou até mesmo contra a trindade Santa é algo danoso para a alma do homem uma vez que o pecado nos separa de Deus. Quando pecamos entristecemos o Espírito de Deus (Ef 5.30) pois Ele sente ciúmes de nossa adoração (Tg 4.5). pecar aqui é um ato isolado. Pecamos e em conseqüência entristecemos o Espírito Santo. Contudo devemos entender que isso não nos faz perder toda a esperança de sermos salvos.


Jesus não disse que aquele que pecar, mas aquele que blasfemar contra o espírito santo não será perdoado. Mas o que  é blasfemar contra o espírito Santo?

Blasfemar contra o Espírito é algo alem de pecar porem não se alcança essa condição (de blasfemo) sem ter pecado. Blasfemar no contexto da passagem supracitada significa pecar, continuadamente, ferindo, saltando ou lutando contra o Espírito Santo, matando seus profetas ou não ouvindo sua palavra. Podemos ver um exemplo disso nas palavras de Estevão contra seus oponentes: “Homens de dura cerviz, e incircuncisos de coração e ouvido, vós sempre resistis ao Espírito Santo; assim vós sois como vossos pais. ’ (Atos 7:51grifo do autor) lembre que os fariseus estavam resistindo o espírito por qual Jesus expulsava os demônios “Mas os fariseus, ouvindo isto, diziam: Este não expulsa os demônios senão por Belzebu, príncipe dos demônios.” (Mateus 12:24) um exemplo dessa resistência é aquilo que Paulo fez com Pedro “E, chegando Pedro à Antioquia, lhe resisti na cara, (...).” (Gálatas 2:11)

A história de Israel retrata um povo que repetidamente rebelou-se contra Deus e a sua palavra revelada. Ao invés de se submeterem as normas da sua lei, os israelitas se voltaram para os seus caminhos e modo de vida das nações ímpias ao seu redor. Mataram os profetas que os chamou ao arrependimento e que profetizavam a respeito da vinda de cristo. É isto o que significa “resistir ao Espírito Santo”. William Evans assinala que: “resistir tem a ver com a obra regeneradora do Espírito”, ou seja, resistimos ao espírito para não sermos regenerados por ele. Não queremos sua regeneração que Deus nos guarde de tal sentimento!

Blasfemar contra o Espírito Santo também pode ser chamado de apostasia, ou seja, abandono consciente e publico da fé cristã (Ver Hb 3. 12-19)

Finalmente quando o homem blasfema contra o Espírito Santo ele luta contra a única pessoa que pode o levar a salvação (Jo 16.8-13). É como se um homem que estivesse se afogando negasse o bote salva vidas daquele que quer lhe salvar. Agindo assim o homem perde mesmo a chance de salvar-se do inferno.

Conclusão: não bastasse a teologia da prosperidade o triunfalismo a ‘fé inteligente”  a confissão positiva a escatologia catastrófica agora temos que lutar contra a graça limitada. Sim graça limitada! Porque segundo a minha palavra (não a palavra de Deus) o pedófilo não tem perdão. E que história e essa de que ele vai para o lugar mais quente do inferno? Será que como geladeira lá tem o lugar que esquenta mais?(kkkkkk) e se Jesus não o lançar no inferno eu mesmo lanço. Por favor, digam a esse pastor que palhaçada tem limite. graça não!

quarta-feira, 15 de junho de 2011

          

10 RAZÕES PARA FREQÜENTAR A ESCOLA DOMINICAL

1- Porque você tem necessidade do genuíno e sadio alimento espiritual que só pode ser obtido pelo estudo claro, metódico, continuado e progressivo da Palavra de Deus, ensinado na Escola Dominical.

2- Porque você cresce e desenvolve-se através do estudo da palavra de Deus.

3- Porque você cumpre os objetivos da igreja do Senhor, pois os objetivos da Escola Dominical são os mesmos da Igreja.

4- Porque você adquire qualidade bíblica e espiritual permanente, pois é a Escola Dominical que determina a qualidade e o nível espiritual da igreja local, e não os outros departamentos como união de mocidade e de mulheres, por mais excelentes que eles sejam.

5- Porque você (seja adulto, jovem, adolescente ou criança) adquire uma fé mais robusta e mais madura, e, assim, estará pronto e mais apto para desempenhar as atividades da Obra de Deus.

6- Porque você tem oportunidades ilimitadas para servir ao Senhor, pois a Escola Dominical é o lugar para a descoberta, motivação e treinamento de novos talentos.

7- Porque você aprende e realiza evangelização na Escola Dominical e através dela; além disso, aprende a mar e a cooperar com a obra missionária.

8- Porque você desenvolve a sua espiritualidade e o seu caráter cristão.

9- Porque você se reúne com a sua família, fortalecendo o relacionamento entre pais e filhos, as crianças crescem na disciplina do Senhor; e os casais aperfeiçoam a vida conjugal.

10- Porque sua vida espiritual é avivada, pois a Escola Dominical é uma fonte de avivamento, porque onde a Palavra de Deus é ensinada e praticada o avivamento acontece.

(Encarte da CPAD)

segunda-feira, 13 de junho de 2011

CARTAS DE UM DIABO AO SEU APRENDIZ
 
                                


Querido Vermebile;

Compreendo o que você diz sobre guiar o seu paciente em suas leituras e também fazer de tudo para que ele sempre tenha encontros com o tal amigo materialista. Mas será que você não está sendo um pouco ingênuo? Parece que você vê a argumentação como o melhor método para mantê-lo afastado das garras do Inimigo. Talvez fosse esse o caso se ele tivesse vivido alguns séculos atrás. Naquela época, os humanos sabiam muito bem quando algo era provado logicamente ou não; em caso afirmativo, simplesmente acreditavam. Ainda não dissociavam seus pensamentos de suas ações.Estavam dispostos a mudar o modo como viviam a partir das conclusões tiradas de uma certa cadeia de raciocínio. Mas, com a imprensa semanal e outras armas semelhantes, conseguimos alterar td isso. O seu paciente sempre foi acostumado, desde criança, a ter uma dezena de filosofias incompatíveis dentro de sua cabeça. Ele não classifica doutrinas basicamente como "verdadeiras" ou "falsas", e sim como "acadêmicas" ou " práticas", "antiquadas" ou " contemporâneas", "convencionais" ou "crueis". O jargão, e não a argumentação, é o seu melhor aliado para afastá-lo da Igreja. Não desperdice seu tempo tentando fazê-lo pensar que o materialismo é verdadeiro. Faça-o pensar em algo sólido, ou óbvio, ou audaz - enfim, que é a filosofia do futuro. É com esse tipo de coisa que ele se importa.
O problema da argumentação é que ela leva a batalha para o campo do Inimigo. Ele também pode argumentar. Mas, graças ao tipo de propaganda realmente prátia que sugiro, durante séculos foi imporssível provar que Ele é inferior a Nosso Pai nas profundezas. Pelo próprio ato de argumentar, você desperta, como saberemos o que daí poderá resultar? Mesmo se uma cadeia de pensamentos puder ser distorcida a nosso favor, você logo descobrirá que fortaleceu no seu paciente o hábito fatal de atentar para questões universais e ignorar o fluxo de experiências sensoriais imediatas. O seu dever é fazer com que ele fixe a atenção nesse fluxo. Ensine-o a chamá-lo de "vida real", e não o deixe indagar-se sobre o que você quer dizer com "real".
Lembre-se: ele não é, como você, um espírito puro.
Como você jamais foi humano(ah, que vantagem abominável do Inimigo sobre nós!, não se dá conta do quanto escravos das coisas mundanas. Certa vez tive um paciente, um ateu convicto, que tinha o hábito de ler no Museu Britânico. Certo dia, enquanto lia, vi que em sua mente um pensamento tentava levá-lo para o caminho errado. O Inimigo, é claro, estava ao seu lado nesse momento. Num piscar de olhos, vi todo o trabalho que me tomou vinte anos começar a ruir. Se tivesse perdido a cabeça e tentado ganhar pela argumentação, talvez tivesse sido derrotado. Mas não fui tão estúpido. Imediatamente ataquei a parte do homem que melhor contralava - sugeri que já estava na hora de almoçar.
Talvez o Inimigo tenha feito uma contraproposta ( você sabe que não é possível ouvir nitidamente o que Ele lhes diz?), dizendo-lhe que aquilo era mais importante que comida. Pelo mwnoa acho que essa foi sua linha de argumentação, pois, quando eu disse "É verdade. Tão importante, de fato, que a hora do almoço não é uma boa hora pra se pensar nisso", o paciente pareceu bem amis contente; e quando acrescentei estas palavras, "melhor voltar depois do almoço e pensar nisso com calma", ele já estava se dirigindo à porta. Mal chegouà rua, venci a batalha. Mostrei-lhe um menino que vendia jornais gritando a manchete do dia, um ônibus de número 73 passando e, antes mesmo que ele chegasse ao fim da escada, eu o fiz ter a inabalável convicção de que, quaisquer que sejam as idéias malucas capazes de ocorrer a um homem rodeado de livros, uma dose saudável da "vida real"(ou seja, o ônibus, o garotinho jornaleiro) já é suficiente para mostrar-lhe que "esse tipo de coisa" simplesmente não poderia ser verdade. Ele sabia que escapara por pouco. Anos mais tarde, gostava de falar sobre "o senso inexprimível da realidade, o nosso último refúgio contra as aberrações da mera lógica". Hoje ele se encontra a salvo na casa do Nosso Pai.
Percebe o que digo? Graças aos processos que desencadeamos neles, séculos atrás , todos acham simplesmente impossível acreditar no que é estranho quandoo que é familiar está bem diante dos seus olhos. Continue a fazê-lo perceber a natureza banal das coisas. Acima de tudo, não tente usar a ciência (digo, as ciências verdadeiras) como defesa contra o Cristianismo, pois as ciências certamente o enconrajarão a pensar sobre as realidades que ele não pode ver ou tocar. Já houve casos lamentáveis ente os cientistas modernos. Se ele precisa mesmo se interessar por alguma ciência, deixe-o lidar com enconomia e sociologia; não o deixe afastar-se da preciosa "vida real". No entanto, o melhor a fazer é evitar que ele estude qualquer ciência, e dar-lhe a impressão generalizada de que ele sabe tudo, e de que o que quer que ele aprenda com simples conversas ou com a leitura é "resultado de pesquisas modernas". Lembre-se de que você existe para confundi-lo. Do jeito que vocês diabinhos jovens falam, fica-se com a impressão de que o nosso dever é ensinar!.
Afetuosamente, seu tio,
Fitafuso

C. S. Lewis

ANTROPOLOGIA SALMÍSTICA  Reflexões sobre a alma o tempo e o Eterno. Salmos e teologia   Uma teologia salmística . Esse será um...