Decadência
doutrinária na igreja brasileira.
O dicionário Aurélio
assim define a palavra decadência:
estado daquele o daquilo que decai; declínio. (Dicionário Aurelio, editora:
positivo, 8ª edição, 2010).
Segundo Aurélio
decadência significa cair de certa posição em que se estava. Declínio – mudança
de posição e/ ou estado. Isso sugere uma queda, uma mudança de foco. Significa
cair em e /ou no erro. É o mesmo significado que se dá a queda do homem – o
pecado original.
Corrupção é outra
palavra bastante apropriada para definir a decadência doutrinária da igreja
brasileira. Um doutrina corrompida e que se corrompe a cada dia. Ainda apelando
para o dicionário Aurélio assim temos a palavra corrupção: 1- ato ou efeito de corromper (-se); decomposição. 2-
devassidão, depravação. 3- suborno; peita. (Dicionário Aurelio, editora:
positivo, 8ª edição, 2010). Aqui devemos notar algumas palavras em especial.
Decomposição.
Segundo Aurélio corromper-se é a mesma coisa que decomposição. Decomposição por
sua vez é o ato de deteriorar-se. Desfazer-se. É exatamente isso que estamos
vendo, uma doutrina evangélica que se corrompe, se decompõe, se deteriora a
cada dia que passa. O interessante é que na medida em que a doutrina vai se
decompondo, o mau cheiro exala toda a nação, e acredito que já está fedendo nas
narinas de Deus. O que estamos vendo é uma doutrina em estado de putrefação.
Depravação.
Uma doutrina depravada parece um desvario, mas não é. Basta vermos o que estão
ensinando em nome de Deus (Mesmo Deus não tendo nada a ver com isso). Não são
poucos os pastores adúlteros e imorais que para se auto defenderem pregam e
ensinam uma doutrina depravada para que essa justifique suas vidas de pecado.
São doutrinas de homens. Não são poucos os testemunhos de lideres que usando um
ensino depravado e imoral chegam a possuir as esposas de seus fiéis. Não irá
demorar muito para vermos lideres defendendo a pedofilia, e não será difícil de
entender por que.
Suborno.
Ao condenar a prática do suborna na vida dos lideres de Israel, Deus disse a
razão: o suborno cega o juízo. Estamos vivendo dias em que doutrinas são
regradas há suborno e dinheiro. Pastores são comprados, igrejas são vendidas, e
ministérios são negociados. A verdade, como disse o poeta da musica gospel,
Sergio Lopes: tornar-se moeda cruel no cassino das religiões.
Outra palavra
apropriada para definir a decadência doutrinária é corrosão. Seguindo meu apelo
ao dicionário Aurélio temos a seguinte definição para corrosão: 1- Ação ou efeito de corroer. 2- Desgaste, ou modificação
química ou estrutural do material, provocados pela ação de agentes do meio
ambiente.
É exatamente isso que
tem acontecido. A doutrina tem sido desgastada, tem sido modificada
(adulterada) química (na sua essência) ou estruturalmente (sistematicamente,
desordem) pela ação de agentes (lideres) que estão inseridos no meio ambiente (evangélico),
mas que nada tem de evangélicos, senão o titulo.
Erosão.
Erosão, esta é uma palavra usada pelo escritor Charles Swindoll para definir o
que tem ocorrido com a igreja do século XXI, mais precisamente no seu aspecto
doutrinário.
“o
dicionário defini erosão em termos simples: ‘ato de um agente que erode, que
corrói pouco a pouco; o resultado desse ato’. Ao longo dos anos descobri três
verdades acerca da erosão, todas paralelas as definições dos dicionários: não
ocorre rapidamente, sempre de modo vagaroso; não atrai atenção para si mesma,
sempre age em silencio; e não é um processo óbvio, é sempre sutil. (...) os
efeitos vagarosos, silenciosos e sutis da erosão são motivos não apenas de
preocupação material, mas, em maior grau, de preocupação espiritual. F. B. Meyer,
pastor britânico de outrora, coloca desse forma: ‘ nenhum homem se torna vil de
uma hora para outra’. Ao contrario, a corrosão espiritual ocorre em etapas
(...) de uma maneira lenta e destrutiva. Pode suceder a indivíduos e,
certamente, pode ocorrer com a igreja.
Um
amigo querido recentemente visitou uma igreja local fundada por uma denominação
com séculos de tradição e raízes profundas na teologia conservadora. As pessoas
que deram origem a essa denominação amavam as escrituras, proclamavam a palavra
de Deus e viviam de acordo com as verdades nela contidas. Para dizer a verdade,
esses indivíduos eram desprezados pelos demais por serem “retrógrados”. A
intenção deles nunca foi iniciar uma denominação. No entanto, seu modo de viver
deu origem a um movimento que varreu a Inglaterra e acabou cruzado a atlântico,
chagando aos Estados Unidos. Apesar disso, meu amigo e sua esposa, ao
participarem do culto naquela manhã, com centenas de outras pessoas, observaram
que apenas eles dois e outro irmão haviam trazido a Bíblia. Sinais dos efeitos da erosão. O desvia
daquela igreja em relação as suas raízes teológicas vigorosas não ocorreu em
dois meses, dois anos, ou mesmo duas décadas. Antes, foi uma erosão vagarosa,
silenciosa e sutil. À medida que o tempo passar, essa denominação dificilmente
reterá suas convicções originais, ou se quer se lembrará delas”.
Usando
as palavras de C. S. Lewis, Swindoll continua:
“C.
S. Lewis, em sua criativa obra intitulada: cartas
de um diabo ao seu aprendiz, escreveu: ‘Com efeito, a estrada mais segura
para o inferno é aquela ladeira gradual e suave de chão macio, sem curvas
acentuadas, sem marcos de quilometragem e sem placas de sinalização’. Quatro
palavras se destacam no texto de Lewis: sem
marcos de quilometragem. A fim de acordar do seu sono prolongado, a igreja
precisa de marcos. O marco serve a uma de duas funções básicas: mostrar até que
ponto nos movemos em direção aos nossos objetivos, ensejando motivos de
celebração, ou quanto nos desviamos do rumo, compelindo-nos a retornar. (...) O
marco representa um ponto de referencia a partir do qual podemos tirar medidas
objetivas. Paramos, olhamos para trás e nos lembramos do motivo inicial de
termos iniciado a jornada. Precisamos recordar e reafirmar nossos objetivos
originais e, em seguida, perguntar: ‘Aqueles objetivos ainda são nossos?
Estamos no rumo certo?’. É necessário haver pontos de parada ao longo do
caminho, pausas obrigatórias para refletirmos se desviamos ou não do rumo. A
razão para isso é simples: sem marcos, a igreja se perderá. Conforme ocorre no
processo de erosão, não perceberemos o desvio se não estivermos prestando
atenção”. (Swindoll, a igreja desviada, p.19,20).
Prestar atenção. Tá aí
uma coisa que os evangélicos brasileiros não fazem. “Até porque, no contexto de
um evangelho sensitivo, prestar atenção não é nada espiritual”. O povo brasileiro é sobretudo religioso até a
tampa. Nessa religiosidade, gostamos de ver, pegar e sentir. Sendo assim, não
nos surpreende o nível de idolatria em que se afoga o nosso povo. Não é o
bastante saber que Deus existe – “eu preciso toca-lo”, pensam alguns. Não nos
conformamos com um Deus invisível – “precisamos velo”, pensam outros. Não basta
saber que Jesus está nos templos – “é necessário senti-lo”, dizem ainda outros”.
Nesse particular, como já dissemos, não há espaço par uma espiritualidade
criteriosa e investigativa.
Lembro-me de um culto
em que o pregador disse: “não se importe ou se preocupe se o que você está
sentindo é de Deus ou do Diabo, só não saia daqui sem sentir nada”. Isso é
exatamente o que tem ocorrido em nossos ajuntamentos ditos pentecostais, um
culto sensorial que despensa o exame espiritual. Muitos estão se “enchendo do
espírito”, mas não estão prestando atenção nos seus verdadeiros motivos, anseios
e emoções. Precisamos de mentes espirituais que possam detectar os sinais de
“erosão” na igreja.
Por não termos prestado
atenção em nossos verdadeiros motivos evangélicos, estamos vivendo um
decadência doutrinária quase sem precedentes. O pastor Paulo romeiro nos mostra
fatos gritantes:
·
Há
evangélicos que enviam seus dízimos para a LBV (Legião da Boa Vontade),
pensando tratar-se de uma organização evangélica. A LBV é uma seita espírita.
·
Pastores
evangélicos usam a revista despertai! e
A Sentinela das testemunhas- de-Jeová
para ministrar a escola dominical. Outros já usaram a revista acendedor da Seicho-No-Iê.
·
Algumas
igrejas dão seus púlpitos aos mórmons, só porque dizem ser missionários note-
americanos. (Romeiro, p.16).
As informações que nos
chegam são simplesmente aberrantes. A igreja brasileira posta em destaque neste
texto é ignorante quanto a questões doutrinarias e tradição cristã. Não tenho
duvidas que isso é sinal de muito entretenimento e pouquíssimo ensinamento
Bíblico. Vendo por essas lentes, não nos assusta o tão grande número de crentes
trambiqueiros, ante-éticos, e imorais, e, que ainda profetizam (profetizam?): o
Brasil é de Jesus.